Numa realidade de EaD torna-se essencial, ao elaborar um curso em regime de e-Learning, referenciar algumas das dimensões que o constituem e delimitar alguns indicadores de qualidade.
Deste modo, como atividade do módulo 4 da UC FDE, cada participante individualmente preencheu uma base de dados online dos indicadores de qualidade de um curso online. Fica, portanto, o contributo de todos.
Indicadores de qualidade de cursos online
Design e estrutura do curso (Interface/ambiente)
Deve ter um alto grau de usabilidade (ser usado pelo formando com eficácia e satisfação, respondendo às necessidades com que frequenta o curso).
A Interface deve ser consistente e intuitiva, permitindo ao formando encontrar o que procura ou realizar as tarefas desejadas com o mínimo de esforço, ou seja, ser “amiga do utilizador”.
Deve conter funcionalidades para pessoas com necessidades especiais.
Objetivos e conteúdos programáticos
Os temas e conteúdos programáticos têm de ser desenvolvidos de acordo com as orientações curriculares.
Se os conteúdos programáticos contemplarem vários níveis de ensino, é necessário existir uma indicação do nível de ensino a que se destina determinado tema ou informação.
Os conteúdos devem estar articulados de acordo com os objetivos.
Os conteúdos programáticos devem estar também de acordo com o público a quem se dirige.
Os objetivos deverão ser explícitos e apresentados de forma bastante clara de modo a orientar e elucidar o caminho de instrução do formando/aluno, indicando as competências cognitivas, aptidões e atitudes que o aluno deverá alcançar ao fim de cada módulo.
Os conteúdos programáticos deverão ser concebidos numa base de fontes fidedignas de forma a garantir a qualidade e eficácia de uma aprendizagem significativa.
Recursos/Materiais disponibilizados
A seleção dos materiais e recursos e a sequência com que são apresentados devem estar sujeitas a critérios pedagógicos de qualidade e à finalidade do curso.
Os recursos devem ser cientificamente corretos, atualizados e de interesse para o objetivo geral do curso.
Os materiais disponibilizados devem ter um elevado nível de interação.
Na construção dos materiais deve-se ter em conta também a sua reusabilidade.
Os recursos/materiais disponibilizados deverão ser portáteis, isto é, deverá ser possível o acesso aos mesmos através de diferentes sistemas/plataformas. Deverão ser evitados os recursos que se restrinjam a, por exemplo, um sistema operativo ou a um browser em detrimento de outros.
Os recursos deverão ser concebidos tendo em conta a sua acessibilidade, nomeadamente a pessoas com deficiência.
Os recursos / materiais disponibilizados devem estar adequados às características de um público provavelmente mais heterogéneo e ser apresentados de forma explícita quanto à sua relevância para o curso. Devem igualmente ser suficientemente abrangentes para poderem, em certa medida, suprir a ausência física de um professor que complemente a informação essencial. A atratividade é uma condição que pode ter maior ou menor relevância consoante o nível de ensino e o público a que se destinam.
Identificar nos materiais que competências cognitivas, habilidades e atitudes o aluno deverá alcançar ao fim de cada unidade/módulo/disciplina oferecendo-lhe oportunidades sistemáticas de autoavaliação.
Infraestruturas e sistemas
Implementação de sistemas de aprendizagem virtual tecnicamente ricos e flexíveis, possibilitando ao professor/formando integrar e disponibilizar recursos didáticos com um nível de performance adequado a uma utilização eficiente.
Adotar sistemas que tenham suporte aos vários tipos ou formatos de recursos didáticos como, por exemplo, áudio (.wmv, .mp3, .avi, .swf, etc), documentos (.pfd, .doc, .ppt, etc), imagens (.jpg, .png, etc), hiperligações, scorms, sem esquecer a integração de ferramentas de comunicação como, por exemplo, chat e videoconferência.
As infraestruturas deverão ter manutenção regular por forma a evitar problemas de segurança ou de disponibilidade.
A fiabilidade das infraestruturas, sistemas e plataformas será ser a maior possível de forma a que não hajam interrupções desnecessárias ou imprevistas.
Professores/Tutores
Devem ser profissionais multifacetados (devem possuir competências pedagógicas e em TIC, ser conhecedores da plataforma de trabalho e ter sensibilidade para a interação humana).
Devem ter a capacidade de trabalhar com grupos heterogéneos.
Não deveriam ser responsáveis por um elevado número de formandos.
Dinâmicas de interação
As tarefas propostas devem promover diferentes tipos de atividades: atividades individuais, colaborativas e coletivas (entre o professor/tutor e o aluno).
As tarefas e atividades implementadas devem promover um feedback imediato sobre a progressão do aluno/formando na aprendizagem.
As atividades devem fomentar a aprendizagem individual (autodidata) e colaborativa (interação entre formando/formando ou formador/formando), incentivando o desenvolvimento de competências e motivando a pesquisa de informações no contexto da sua instrução.
Toda a conjuntura de interação durante processo de instrução deverá ser composta por atividades diversificadas, as quais possibilitam diferentes estilos de aprendizagem por intermédio de: reflexões, resolução colaborativa de problemas, debate de ideias e pesquisa orientada.
É extremamente importante que aqueles que se encontrem no site, em determinado momento, possam conversar num chat, quebrando um isolamento que se pode sentir na web.
Avaliação das aprendizagens
A avaliação deve ser feita com base em instrumentos que promovam a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a autoavaliação.
A avaliação deve ser feita de um modo contínuo e deve contemplar o nível de envolvimento do aluno nas tarefas e atividades propostas, como por exemplo, participação em fóruns, chats, sessões síncronas, disponibilização e partilha de outros recursos, consulta e utilização dos materiais recomendados pelo professor/tutor.